Incra e prefeitura anunciam regularização de três acampamentos em Mundo Novo e criação de um novo assentamento entre o município e Eldorado

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Prefeita explica que locais deverão receber asfalto, água, luz e projeto de habitação: “Entrada da cidade habitada”

Jandaia Caetano/Tv Sobrinho –

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a prefeitura de Mundo Novo anunciaram no último mês que três acampamentos na região da fronteira com o Paraguai serão regularizados e urbanizados, com acesso a asfalto, água, luz e projeto de habitação; famílias com dificuldade de cadastro no programa de habitação deve ter dificuldade de regularização (como famílias de paraguaios sem a devida legalização do Brasil).

Presentes em encontro no último dia 20 na entrega de CCUs no Pedro Ramalho (clique aqui e veja), Paulo Roberto da Silva (Paulinho), superintende do Incra no estado, e a prefeita Rosária Andrade (PSDB) explicaram a negociação que deve resultar na regularização das comunidades Estrela 8 (que faz fronteira seca com o Paraguai pela Linha Internacional), Novo Horizonte (ao lado da Receita federal e às margens da Br-163) e Tapuy Porã (novo nome dado), este último na curva às margens da Br-163.

Os três locais fazem parte de área do Pedro Ramalho. A negociação envolve o proprietário Antônio Pereira e sua filha Ana Eliza Pereira, além dos herdeiros do falecido Tonhão (acampamento da curva), todos assentados do local. O acordo é feito pelo Incra com o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), com sede em São Paulo e envolve também a Receita Federal, que receberá dois alqueires no seu lado direito para expansão de seu estacionamento.

Entenda a negociação

O plano prevê que Antônio Pereira, de 72 anos, ceda o espaço de dois alqueires para a Receita Federal e mantenha ainda uma parte da sua terra, além de receber o terreno em frente que hoje está sendo usado provisoriamente por Isabel Rogoski, proprietária do Viveiro Papyrus (clique aqui e veja entrevista com ela), que vendia suas plantas na Avenida Castelo Branco.

Já Ana Pereira, de 43 anos, que teve sua terra ocupada pela, hoje, comunidade Novo Horizonte – o termo ocupado é diante da alegação que ela não morava e não utilizava o local – ganhará um lote no novo assentamento anunciado, que ficará entre Eldorado e Mundo Novo, fruto de uma desapropriação do governo federal por questões judiciais. Este novo acampamento deve ter em torno de 40 famílias.

 

Conversa entre o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mundo Novo, Cesar da Mata, e presidente do Novo Horizonte, Magda Souza (foto: Jandaia Caetano/Tv Sobrinho)

Por último, o “acampamento da curva” foi resolvido com o benefício dos herdeiros do falecido ‘Tonhão’ no acampamento próximo a Ponte do Jatinho. As famílias que lá estavam foram deslocadas para o acampamento da curva, o Tapuy Porã.

Acampamento no cascalho se dividiu e parte das famílias foi para o Jatinho   

No início do último mês uma ação policial impediu a ocupação do Centro de Eventos construído em anexo a pista de kart do município (clique aqui e veja). Se tratava de uma dissidência do Acampamento Dorcelina Folador, localizado na Estrada do Cascalho, na região conhecida próxima ao Bambu.

Segundo Tiago, do Movimento Pela Luta, ao saber de ações de lideranças do acampamento que iriam contrárias aos ideais do movimento (Neia, Barba e ex-vereador Aguinaldo), eles resolveram sair do local. Eles acabaram locando uma área no Jatinho e aguardam lá uma reforma agrária pelo Incra. O acampamento Dorcelina permanece no Cascalho.

Ainda restarão três acampamentos aguardando reforma agrária: na foto, lideranças de movimento e o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais

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