Carina Yano/Tv Sobrinho –
Na noite da última terça-feira (09), na Câmara Municipal, aconteceu a 1ª Reunião da Associação de Pais e Amigos de Autistas de Mundo Novo (AUPAM).
- O principal intuito do encontro, foi reunir a sociedade civil e o poder público, para discutir soluções e projetos futuros para a comunidade neurodivergente.
Segundo dados do IBGE, atualmente existem 172 pessoas autistas em Mundo Novo e 75 crianças autistas nas escolas municipais.
Na ocasião também foram distribuídos 20 cordões com um símbolo de quebra-cabeça – este cordão tem como objetivo a identificação de pessoas autistas e a conscientização. O quebra-cabeça reflete a complexidade que é o transtorno. A doação dos cordões ocorreu através do vereador Quexada e Pinduca, da professora Regiane e da Kid Saber.
Nesta quarta-feira, a associação realizou a doação de 100 cordões nas escolas e centros de educação infantil de Mundo Novo.
O símbolo do quebra-cabeça foi criado em 1963 pela National Autistic Society, no Reino Unido.
No Brasil, foi instituído por lei em 2020 para permitir que estabelecimentos identifiquem pessoas com autismo e ofereçam prioridade no atendimento.

“Como podemos dar uma preferência ou agilizar os atendimentos aqui no município para passar por um neuro? Nós vimos em Campo Grande que associação de lá já conseguiu fazer um mutirão. Então um neuro tirou um dia específico e atendeu diversas crianças. Nós como associação, temos inúmeros projetos, tanto dentro da saúde como na educação, mas a princípio, ‘pé no chão’. O diagnóstico para o autista, quanto mais precoce, melhor é”, citou Lídia, presidente da AUPAM.

A diretora do Centro de Educação Especial Raio de Luz (APAE), Fabiana Schutz, disse sobre a importância de reconhecer quando uma criança precisa de atendimento especial. Também destacou que os alunos evoluem de forma gradual e que podem melhorar alguns aspectos dentro de duas características.
Quase 50 pessoas estiveram presentes no encontro. William Baccin, policial militar de Mundo Novo, esteve presente devido ao seu filho que foi diagnosticado recentemente com autismo.
“Você começa a sofrer um pouco com a angústia. Meu filho é novo, vai fazer dois anos ainda, então a gente ainda tem uma janela de intercessão nele, de buscar uma melhora, para que ele tenha uma vida adulta normal na sociedade, é o melhor momento. Sai caríssimo o tratamento, quem não está nesse mundo, não tem noção o quão caro é”, disse William.
A prefeita de Mundo Novo Rosária Andrade informou que o município precisa de um projeto de financiamento, necessitando de uma política nacional com apoio do governo federal e estadual.
“Hoje nós temos poucos profissionais no mercado que atendem especificamente à essa causa. Ainda é um atendimento muito caro. As clínicas que ainda atendem, elas conseguem atender convênios, mas aquelas pessoas que não têm acesso à convênio, hoje o SUS não consegue pagar oficialmente nenhum desse tipo de atendimento. Seria correto um atendimento específico no lugar específico, se fala muito hoje na Casa do Autista. A gente ainda não conseguiu verba o suficiente, porque o município sozinho não tem porte financeiro”, informou Rosária.

Ela ainda citou que nesta quarta-feira, esteve em Campo Grande para abertura de uma capacitação para atender os autistas na rede escolar. O curso será disponibilizado para todos os municípios do MS, através da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul-Geral).
A presidente Lídia Lima, informou que o link para o grupo de Whatsapp da AUPAM, está disponível na bio da página do Instagram da associação. Caso o cidadão tenha interesse de participar, os integrantes da associação podem ajudar para solicitar a carteirinha de identificação e sobre o cordão.
Link do whatsapp: https://chat.whatsapp.com/JnK480hOdp2ARSOmTsPcQG?mode=ems_copy_t
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