Das oito capitais com o maior índice relativo, a cidade perde apenas para Cuiabá, Palmas, Teresina e Salvador
Viviane Oliveira/Campo Grande News –
Em 2024, foram registradas sete mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ em Mato Grosso do Sul, conforme divulgado nesta sexta-feira pelo Observatório do GGB (Grupo Gay da Bahia), a mais antiga organização não governamental da causa na América Latina.
A pesquisa é feita há 45 anos e leva em conta notícias veiculadas na imprensa e correspondências enviadas à ONG. Foram computados homicídios, latrocínios, suicídios e outras causas. Segundo o levantamento, o Brasil teve 291 pessoas da comunidade mortas no ano passado, 34 a mais que em 2023, quando o país registrou 257 casos.
As vítimas eram gays (165), travestis e mulheres transgêneros (96) lésbicas (1), bissexuais (7), homens trans (6). Conforme o estudo, outras 6 pessoas declaradas heterossexuais foram incluídas por terem sido confundidas com integrantes da comunidade ou por tentarem defender vítimas.
Quanto às estatísticas oficiais sobre crimes de ódio, o GGB explica que não há, situação que torna a pesquisa essencial da ONG para dar visibilidade a casos envolvendo o grupo LGBTQIAPN+. A maior parte das mortes foi registrada na região Nordeste (99) e no Sudeste (99). Em relação ao meio utilizado nos crimes, arma branca (65), arma de fogo (63) e espancamento (32) foram os mais apontados na apuração.
No ranking de Estados, São Paulo (53), Bahia (31) e Mato Grosso (24) lideram com os maiores números de casos. Das 8 capitais brasileiras com o mais elevado índice relativo de criminalidade, Campo Grande aparece em quinto lugar com 5 mortes, atrás apenas de Cuiabá, Palmas, Teresina e Salvador.
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