Empresa de móveis com matriz no município, A Brasileira é exceção
Jandaia Caetano/Tv Sobrinho –
Uma tendência em grandes centros nos últimos anos – fruto da influência americana -, o Black Friday ainda é tímido em Mundo Novo (MS). Lojas que fazem parte de rede nacional, a maioria no ramo de móveis, realizam a promoção, assim como os dois principais supermercados na cidade.
Fora deste círculo, o que se vê é um comércio que não aderiu a chamada ‘Sexta-Feira Negra’. O Black Friday passou a fazer parte da economia brasileira a partir deste século, em torno de 2010, e vem crescendo ano a ano nas vendas virtuais e físicas.
Em Mundo Novo, as lojas de móveis Gazin, Colombo, MM, Quero Quero e a Rede Mais Calçados fazem parte de uma extensa rede de lojas em vários estados e tem uma ação planejada simultânea.
Paula de Souza, da MM, apontou que “as vendas melhoram muito em relação a um dia comum”. Já Eduardo Guimarães, da Móveis Gazin, indicou que a empresa começou sua ação de venda na quinta-feira, atende nesta sexta até às 20h e segue no sábado até às 18h.
“Vendemos ontem (quinta) o que venderíamos em seis dias e estamos animados para hoje a amanhã também”, citou Guimarães.
Horário estendido precisa de autorização de sindicato
Para o trabalho estendido, o comércio precisa pedir solicitação junto ao Sindicato do Comércio Varejista de Naviraí – que compreende Mundo Novo, Eldorado, Iguatemi, Sete Quedas, Itaquiraí e Naviraí.
Autorizado, basta a empresa fazer o pagamento das horas extras a que o empregado tem direito. Apesar de nenhum comércio mundonovense ser filiado ao referido sindicato, o comércio local tem que respeitar as convenções do SindVarejo, segundo a presidente da ACEMN (Associação Comercial e Empresarial de Mundo Novo), Paula Ferro.
A Brasileira Móveis e supermercados
A Brasileira Móveis é a única do ramo moveleiro com matriz em Mundo Novo e que aderiu ao Black Friday. As suas duas lojas apresentaram todo o estoque em até 15 vezes no preço à vista.
“Pagando a primeira parcela em dezembro, a loja está em 15 vezes no preço à vista. Primeira parcela em janeiro, fazemos em 12 vezes. Se quiser pagar só em fevereiro, ainda fazemos em dez vezes no preço que normalmente é à vista”, explicou a vendedora Maila Cervantes, que atestou uma melhora na venda nesta semana – o Black da Brasileira começou na ‘segunda-feira’.
Outra empresa com matriz no município, a Móveis Angil, realiza promoção de final de mês, mas não aderiu ao Black Friday.
Os dois principais supermercados, Expresso e Central, também fazem promoções. O Central, ainda de forma tímida, com indicação em sua fachada. O Expresso, somente com indicação virtual.
Como surgiu o Black Friday
Para entender o Black Friday é necessário entender o feriado de Ação de Graças, sempre na última quinta-feira do mês de novembro no Estados Unidos. Em 1621, em Plymouth, Massachusetts, colonos comemoraram uma boa colheita realizada ao lado de indígenas em uma celebração de fartura e paz. A data virou tradição e feriado. Na década de 60, a polícia de Filadélfia passou a se referir a sexta-feira negra para descrever o tráfego e os tumultos causados no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças.
Com a ida às compras, as liquidações e promoções, e o nome, passou a fazer parte da economia americana na década de 80.
Contudo, é importante o consumidor ficar atendo as chamadas ‘pegadinhas’ – como preços inflados com descontos grandes que significam o mesmo valor -, sejam virtuais ou em compras físicas. O diretor do Procon no município, Diego Arrigo, afirmou que ainda não houve reclamação quanto a Black Friday nos últimos anos, mas que estará atendendo via agendamento (whatsapp 3474-2287) no próximo mês – o Governo de Mundo Novo entra em recesso a partir do dia dois próximo.
* A Global Internet, Gráfica Olímpica e Escritório Bandeirantes apoiam o trabalho do jornalista autor desta matéria.