Confronto entre policiais e indígenas deixa 15 feridos e agrava crise na MS-156

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Protesto por falta de água nas aldeias de Dourados leva a confrontos e agrava a situação na rodovia MS-156

 

Duas indígenas da Reserva de Dourados foram atendidas em hospital após um confronto entre policiais militares do Batalhão de Choque e moradores das aldeias Bororó e Jaguapiru.

O incidente aconteceu na manhã desta quarta-feira (27), durante uma operação para desbloquear a MS-156, rodovia que liga o município de Dourados a Itaporã.

Os manifestantes protestavam contra a falta de água potável na região.

Durante a ação, os policiais usaram bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar os indígenas, que resistiram ao despejo e mantiveram o bloqueio da via.

No entanto, o protesto segue e a rodovia permanece interditada, sem previsão de liberação.

Relatos indicam que viaturas da PM foram atingidas por objetos e alguns policiais ficaram feridos durante o confronto.

O Capital News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) para obter um balanço das ações, mas não obteve retorno.

O mesmo ocorreu com o 3º Batalhão de Polícia Militar em Dourados.

O espaço segue aberto para manifestações das partes envolvidas.

A operação teve início com o desbloqueio de um trecho da estrada próximo ao Hospital da Missão, onde ocorreu o primeiro confronto, diante da resistência dos moradores das aldeias que buscam soluções para a escassez de água.

Mais tarde, a tropa se deslocou para a MS-156, onde o clima de tensão aumentou, resultando em pessoas feridas.

protesto, que começou na segunda-feira (25), exige soluções definitivas para o problema de falta de água nas aldeias Bororó e Jaguapiru.

O capitão Ramão Fernandes pediu ações urgentes, como a perfuração de poços artesianos e o envio diário de água até que os poços estejam prontos.

“Queremos um compromisso formalizado, com contrato assinado, garantindo a perfuração dos poços.

Não vamos aceitar promessas vazias novamente”, afirmou.

Em nota, a Sejusp justificou a atuação da Polícia Militar como uma medida para “garantir os direitos constitucionais”, após o esgotamento de todas as vias de negociação com os líderes do movimento.

A nota também mencionou o apoio do Corpo de Bombeiros e da Agesul na remoção de entulhos e no combate a focos de incêndio nas rodovias.

“A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, esgotadas todas as vias de negociação, e para garantir os direitos constitucionais, agiu na manhã desta quarta-feira (27) para desobstruir as rodovias estaduais que estavam bloqueadas.

O governo estadual reforça seu compromisso com a transparência e refuta iniciativas político-eleitoreiras”, diz a nota.

Em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira, o governador Eduardo Riedel (PSDB) se manifestou sobre a situação.

“O Estado não pode ficar refém de interesses políticos dentro da comunidade indígena”, afirmou, lembrando do acordo feito na tarde de ontem, que foi desfeito após o pronunciamento de um dos líderes indígenas.

O governo estadual segue em diálogo contínuo com todas as partes para encontrar uma solução pacífica para o impasse.

Fonte:Viviane Freitas
Capital News

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