O suspeito foi autuado em flagrante por porte de arma de uso permitido e transporte de espécimes da fauna silvestre sem licença
Na madrugada de domingo (24), a Polícia Militar Ambiental apreendeu cerca de 170kg de carne de animais silvestres e materiais relacionados à caça na rodovia MS-141, em Naviraí, a 320 km de Campo Grande.
A ação ocorreu após uma tentativa de abordagem a um veículo Fiat Siena, que desobedeceu à ordem de parada e fugiu em alta velocidade.
Durante a perseguição, o motorista desrespeitou sinais de trânsito e realizou ultrapassagens perigosas, até ser interceptado em uma estrada vicinal.
Após mais de 20 minutos de perseguição, o veículo foi finalmente parado.
Os passageiros fugiram para um matagal próximo, enquanto o motorista foi encontrado no carro.
Durante a vistoria, os policiais encontraram 173,860 kg de carne de animais silvestres, que incluíam partes de catetos e queixadas.
Além disso, foram apreendidos cartuchos de munição de calibres .22 e 20, facas, uma empunhadura de espingarda e outros materiais usados na caça ilegal.
O motorista confessou estar envolvido em atividades de caça e não possuía licenças para o transporte dos animais ou das munições encontradas.
O suspeito foi preso em flagrante e levado à Delegacia, onde foi autuado por porte ilegal de armas, transporte de animais silvestres sem licença e direção perigosa.
Ele também recebeu multas que somaram R$ 14.500,00, sendo R$ 10.000,00 pela resistência à fiscalização e R$ 4.500,00 pelo transporte ilegal de animais.
O material apreendido foi encaminhado à Delegacia de Polícia, com o apoio das viaturas do 12º BPM.
O caso destaca a atuação da Polícia Militar Ambiental no combate à caça ilegal e ao tráfico de animais silvestres, uma prática que coloca em risco a fauna local e o equilíbrio dos ecossistemas.
Sobre as espécies apreendidas, o cateto e o queixada são animais nativos das Américas, mas com status de conservação preocupante, principalmente devido à caça predatória e à destruição de seu habitat.
Enquanto o cateto é classificado como de “pouca preocupação”, o queixada enfrenta risco maior e está em perigo em várias regiões do Brasil, como na Mata Atlântica e no Cerrado.
Fonte: Viviane Freitas
Capital News