Cuidados com a higiene pessoal, no preparo dos alimentos e consumir apenas água potável são fatores essenciais
Após cinco anos sem registros da doença, Campo Grande contabiliza 103 casos de Hepatite A em 2024, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). O primeiro caso no ano foi identificado em setembro, marcando o retorno da infecção na capital de Mato Grosso do Sul. O médico infectologista da Unimed Campo Grande, Dr. Maurício Pompilio, dá dicas para reduzir os riscos de contágio.
Após cinco anos sem registros da doença, Campo Grande contabiliza 103 casos de Hepatite A em 2024, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). O primeiro caso no ano foi identificado em setembro, marcando o retorno da infecção na capital de Mato Grosso do Sul. O médico infectologista da Unimed Campo Grande, Dr. Maurício Pompilio, dá dicas para reduzir os riscos de contágio.
Os casos de Hepatite A estão relacionados, principalmente, à falta de saneamento básico e higiene inadequada. O médico infectologista chama a atenção para a forma de transmissão.
“O vírus da Hepatite A é transmitido por água e alimentos contaminados. Isso significa que, ao consumir uma água não filtrada ou alimentos higienizados com água contaminada, uma pessoa pode se infectar. Por isso, é essencial cuidar da higiene no preparo dos alimentos e consumir apenas água potável”
orienta.
Dr. Pompilio reforça as medidas de prevenção.
“É importante higienizar adequadamente folhas e verduras, usando até mesmo uma solução com gotas de hipoclorito, para eliminar o risco de transmissão. Alimentos cozidos ou assados não oferecem esse risco. Além disso, a vacinação é uma ferramenta essencial. As crianças menores de 11 anos geralmente já estão imunizadas, mas adolescentes e adultos que não receberam a vacina na infância precisam buscar essa proteção”
diz.
A higiene pessoal também é um fator muito importante na prevenção.
“É um cuidado para a Hepatite A, mas também serve como prevenção para outras doenças e infecções: a higiene das mãos. Então, lavar as mãos frequentemente, com água e sabão, principalmente antes e ao sair dos banheiros, é fundamental para que a gente elimine a presença não apenas deste vírus, mas de outras bactérias que possam ser transmitidas”
afirma o infectologista.
Sintomas – Os sintomas da Hepatite A variam de leves a graves, podendo incluir febre, náuseas, diarreia, fadiga, icterícia (olhos amarelados), urina escura e fezes claras.
“Ao perceber sintomas como náusea, febre ou diarreia, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação. Nas formas mais graves, com olhos amarelos, urina muito escura e fezes esbranquiçadas, a pessoa deve buscar atendimento médico imediatamente, pois isso indica comprometimento do fígado”
alerta o médico.
Os dados do monitoramento da faixa etária de casos nos últimos cinco anos (janeiro de 2020 a setembro de 2024), que constam no alerta epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado, mostram que o maior número de notificações de casos está na faixa etária de 20 a 49 anos e no ano de 2024, 100% dos casos também estão na referida faixa etária. A Sesau reforça a necessidade de intensificar a vacinação e as ações de conscientização para conter o avanço da doença em Campo Grande.
Para casos de sintomas leves, beneficiários da Unimed podem acionar, gratuitamente, o Pronto Atendimento Digital. Basta clicar no link https://padigital. unimedcg.com.br/ e responder a triagem virtual.
Fonte: Neusa Pavão Duarte