Governo de Mato Grosso do Sul tem busca por desaparecidos no Estado com coletas de DNA

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Campanha reúne material genético de familiares para identificar desaparecidos e aliviar o sofrimento de famílias

 

A Mobilização Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas, realizada de 26 a 30 de agosto de 2024, trouxe resultados significativos para Mato Grosso do Sul.

Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio da Polícia Civil e da Polícia Científica do estado, a campanha focou na coleta de material genético de familiares de desaparecidos, fortalecendo o Banco Estadual e Nacional de Perfis Genéticos.

Lançada em 27 de agosto na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Campo Grande, a iniciativa buscou promover a identificação de pessoas desaparecidas em nível nacional.

A campanha teve grande adesão em Mato Grosso do Sul, resultando na coleta de DNA de familiares em 37 casos de desaparecimento, totalizando 49 amostras no estado.

As cidades com maior participação foram Campo Grande e Dourados, com 16 coletas cada, e Costa Rica, com 7.

As amostras serão integradas à Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que permite o cruzamento de dados entre diferentes estados e facilita a busca por desaparecidos, especialmente em casos de longa data.

Um exemplo emblemático é o caso de Edmilson de Lisboa Duarte, desaparecido há dois anos, cujo irmão foi um dos primeiros a doar material genético.

Além da coleta de DNA, a campanha avançará para novas etapas.

A segunda fase focará na coleta de impressões digitais e material genético de pessoas vivas sem identificação, enquanto a terceira etapa, chamada “análise do backlog”, verificará as impressões digitais de corpos não identificados armazenados em bancos de dados estaduais e federais.

Todos os dados serão integrados ao banco nacional, com a meta de confrontar mais de 220 mil perfis genéticos acumulados desde 2014.

Em 2023, Mato Grosso do Sul registrou 1.468 desaparecimentos, e em 2024, até agosto, já são 803 casos.

A maioria dos desaparecidos é composta por homens, e muitos casos são solucionados quando as pessoas reaparecem por conta própria.

No entanto, a campanha foca nos casos que permanecem sem solução, oferecendo esperança para famílias como a de Nildo Duarte, que segue aguardando notícias de seu irmão.

A diretora do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), Josemirtes Prado, ressalta a importância de a população procurar as autoridades para participar das coletas de material genético, um esforço contínuo na busca por desaparecidos.

Fonte: Fernanda Oliveira
Capital News

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