Pastor é preso após abusar de quatro membros a igreja

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Em julho deste ano os crimes foram relatados nas redes sociais

 

A Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Dourados concluiu nesta sexta-feira (23) as investigações que levaram ao indiciamento de um pastor por violação sexual mediante fraude.

Ele teria abusado de quatro membros da igreja a qual preside.

Segundo as informações da Polícia Civil no início do mês de agosto, a DAM de Dourados iniciou uma investigação em desfavor de E.L.B. (53), a partir de denúncias que diziam que E.L.B. se utilizava da sua figura de líder espiritual e pastor de uma igreja da cidade de Dourados-MS, para ludibriar mulheres, frequentadoras da igreja, e assim, praticar atos libidinosos como beijo na boca (“selinho”), toques pelo corpo, inclusive seios, e até convencer as mulheres a praticar relação sexual.

Já em meados de julho deste ano, haviam publicações em redes sociais relatando tais fatos.

A partir de então, foi realizada a oitiva de diversas pessoas vinculadas à Igreja em questão, entre vítimas, obreiros e membros.

A DAM identificou quatro vítimas, três delas com idade entre 20 e 22 anos e uma de 40 anos.

Segundo os relatos das vítimas e de testemunhas, E.L.B. realizava momentos de oração durante madrugadas e em montes/templo em construção e, nestes momentos, passava a falar em línguas estranhas, em tom alto, e, então, praticava os atos libidinosos.

Além disso, o indiciado também escolhia determinadas mulheres para praticar relação sexual, sob alegação de que Deus havia determinado a passagem do varão, que seria feita pela troca de energia vital, a qual exigia a penetração, com fins de cura espiritual.

Uma das vítimas consentiu as relações sexuais e outra impediu o ato enquanto E.L.B. tentava tirar sua blusa.

As testemunhas narraram que, desde o início do ano de 2024, membros passaram a reclamar destas situações invasivas/abusivas e, inclusive, estavam deixando de frequentar a Igreja por essa razão, visto que, além de mulheres muito jovens, estas eram casadas com outros membros da Igreja.

E, então, obreiros pediram que E.L.B. parasse de realizar toques em mulheres nos momentos de oração e que também parasse de se reunir a sós com outra mulher, tendo em vista a escandalização do Templo, mas não aconteceu.

Diante disto, a Autoridade Policial responsável representou pela prisão preventiva do indiciado, pedido que foi atendido pelo Poder Judiciário.

No dia 15 de agosto, E.L.B. foi preso pela Guarda Municipal e encaminhado à Penitenciária Estadual de Dourados no dia seguinte.

Com a conclusão do Inquérito Policial, ficou evidenciada a prática dos crimes, especialmente por meio de testemunhas e até por mensagem de vítima alegando ter sido assediada em um retiro.

Assim, foi realizado o indiciamento de E.L.B.

Em contato com o advogado de defesa, este afirmou que o cliente não se manifestaria em fase de Inquérito Policial, motivo pelo qual não foi interrogado.

Fonte: Elaine Oliveira
Capital News

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