Mara Caseiro e outros parlamentares pedem ações mais rigorosas e maior conscientização para combater o feminicídio e a violência doméstica
Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) nesta quarta-feira (7), a deputada Mara Caseiro (PSDB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, destacou a importância da Campanha Agosto Lilás para prevenir e combater a violência e o feminicídio.
Segundo a parlamentar, a mudança duradoura na situação exige a aplicação efetiva das leis e das políticas públicas que promovem a igualdade de gênero.
“A campanha Agosto Lilás é essencial para construir uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres.
No nosso Estado, os números são alarmantes e demandam ação imediata.
Apenas no primeiro semestre deste ano, houve 23 casos de feminicídios, um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, já foram registradas mais de 70 mil ocorrências de violência doméstica neste ano.
Essas estatísticas representam vidas perdidas e famílias destruídas, evidenciando a falha da sociedade em proteger as vítimas”, afirmou a deputada.
O deputado Professor Rinaldo (PSDB), autor da lei que instituiu o mês Agosto Lilás, defendeu penas mais severas para os criminosos.
“O objetivo ao criar a campanha foi promover a paz e a conscientização nas escolas, desde as séries iniciais, sobre a tolerância e o respeito às mulheres.
Devemos continuar a evoluir na legislação e apoiar penas mais duras para aqueles que cometem esses crimes”, disse Professor Rinaldo.
A deputada Lia Nogueira (PSDB) enfatizou a necessidade de manter as delegacias abertas 24 horas, alegando que muitos crimes de violência ocorrem à noite e as vítimas muitas vezes desistem de denunciar ao ter que esperar até o dia seguinte.
O presidente da ALEMS, Gerson Claro (PP), apoiou a fala de Lia e destacou a importância da conscientização dos homens.
Gleice Jane (PT) ressaltou que a violência contra a mulher está profundamente enraizada na cultura e nas relações de poder desiguais, e que enfrentá-la exige mudanças na educação e na forma de pensar e agir.
Fonte: Fernanda Oliveira
Especial para o Capital News