Campo Grande tem grandes desafios em sistema de saneamento básico

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Para deputado a prefeitura da capital, é preciso fiscalizar e propor ações no setor

 

Campo Grande enfrenta desafios significativos em seu sistema de saneamento básico, com quase 40% do esgoto ainda sem tratamento adequado.

O Bairro Nova Lima, o mais populoso da cidade com 57.463 habitantes, exemplifica essa problemática: apenas 0,75% dos imóveis estão conectados à rede coletora de esgoto.

Dos 28.837 imóveis, apenas 217 possuem ligação de esgoto, destacando a necessidade urgente de expansão da infraestrutura sanitária.

Beto Pereira, deputado federal, reconhece a importância de abordar essas lacunas.

“É preciso estar atento às oportunidades para elevar o padrão do saneamento básico em Campo Grande.

Não estamos em uma má situação, mas há ainda muito a ser feito, e para isso a Prefeitura deve estar pronta para atuar no setor, fiscalizando, propondo melhorias e ações”, afirmou.

Com uma população de mais de 916 mil habitantes, Campo Grande fornece água potável para todos, mas apenas 88,1% da população é atendida pela coleta de esgoto, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2021).

Isso significa que cerca de 110 mil pessoas ainda não têm acesso a esse serviço essencial. Além disso, apenas 63,6% do esgoto coletado é tratado.

A Prefeitura de Campo Grande tem várias responsabilidades no processo de melhoria do saneamento básico, incluindo a regulação e fiscalização dos serviços prestados pela concessionária, o planejamento das políticas de saneamento, a gestão dos acordos de concessão e o apoio em obras de infraestrutura.

Essas ações são cruciais para garantir que os padrões de qualidade sejam cumpridos e que a população receba serviços adequados.

O saneamento básico traz benefícios significativos, especialmente na área da saúde, ao reduzir internações por doenças de veiculação hídrica e melhorar a qualidade de vida da população.

A preocupação de Beto Pereira com o saneamento básico não é recente.

Como prefeito em Terenos, ele construiu a primeira estação de tratamento de esgoto do município e iniciou a implantação da rede de esgotamento sanitário.

Quando deixou a gestão, 40% da cidade já contava com rede de coleta de esgoto.

Para Beto Pereira, a melhoria do saneamento básico em Campo Grande é uma prioridade essencial.

Ele busca garantir a universalização do acesso a esses serviços, reconhecendo seu papel crucial na promoção da saúde pública e na qualidade de vida da população.

A reportagem do Capital News recebeu uma nota oficial da Concessionária Águas Guariroba, divulgando outras dados sobre os números divulgados na matéria.

Nota Oficial da empresa Águas Guariroba

A Águas Guariroba informa que, pelo cadastro do município, o bairro Nova Lima conta com 15.808 imóveis prediais, dos quais 9,9 mil tem ligação disponível de esgoto.

O município de Campo Grande tem aproximadamente 93% de cobertura da rede de esgoto e 100% do esgoto gerado e coletado é tratado.

O índice de 88,1% de cobertura da rede de esgoto está ultrapassado, pois é de 2021.

Já o índice 63,6% de tratamento de esgoto é errôneo, pois leva em consideração o esgoto gerado com base na quantidade de água distribuída.

No entanto, nem toda água distribuída torna-se esgoto.

Por exemplo, a água usada para lavar calçadas vai para a rede de drenagem, além de outra grande quantidade que é absorvida pelo solo.

Caso deseje conferir novamente no SNIS, veja o índice IN016, que mostra que 100% do esgoto coletado em Campo Grande é tratado.

Fonte: Vivianne Nunes
Capital News

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