Em 2023, dos 215 registros de Produtos Formulados (PF) genéricos aprovados, 61,86% demandaram 5 anos ou mais para aprovação, e 49,30% demoraram 6 anos ou mais, de acordo com levantamento elaborado pela AllierBrasil (2024).
Esse tempo já é considerado excessivo. Outrossim, a situação é muito mais crítica se forem desconsiderados os efeitos das ações judiciais contra os órgãos envolvidos no registro de agrotóxicos (Anvisa e Ibama, principalmente). Essas ações têm o objetivo de agilizar as avaliações e, por fim, o registro.
150 processos de registros PF genéricos seguiram os trâmites normais, sem judicialização. Nesse caso, 80% dos produtos demandaram 5 anos ou mais para obtenção do registro, e 65,33% demandaram 6 anos ou mais.
Levando-se em conta os PF genéricos que foram objeto de ações judiciais, a situação é muito diferente: apenas 18,46% demandaram 5 anos ou mais, e 12,3% demoraram 6 anos ou mais. Em 2023, 65 registros de PF genéricos foram aprovados através de ações judiciais em pelo menos um dos órgãos reguladores (Anvisa e/ou Ibama), sendo 30,02% do total de registros dessa categoria.
De acordo com os dados oficiais, em 2023 caiu o número de aprovações de registros através de ações judicias ante 2022. É importante salientar que esses dados são parciais, haja vista que muitas das decisões judiciais não são publicadas e/ou os processos judiciais são considerados segredo de justiça.
Material completo sobre esse assunto é pauta da palestra “Registro de Agrotóxicos: Tempo, Ações Judiciais e a Nova Lei dos Agrotóxicos”, a ser proferida pelo autor, no 15° Brasil AgrochemShow, no Expo Center Norte, nos dias 13 e 14 de agosto.
Para participar do evento, é necessário realizar doação de cestas básicas à instituição de caridade Crê-Ser.