Nesta segunda-feira, Rafaela Silva perdeu da japonesa Haruka Funakubo na disputa por medalha de bronze no judô feminino até 57kg das Olimpíadas. A brasileira, medalhista de Ouro nos Jogos do Rio, foi superada por ter tomado três shidos (punições).
A brasileira começou tomando a iniciativa, controlando as ações de ataque. A japonesa conseguiu levar no solo, mas Rafaela conseguiu sair.
Com a luta acirrada, a disputa pela medalha de bronze foi para o golden score, em que quem pontuar primeiro vence o combate. Em determinado momento,as duas judocas ficaram penduradas com dois shidos.
Uma revisão da arbitragem apontou que Rafaela mergulhou com a cabeça, um movimento ilegal. Com isso, ela foi punida e derrotada por Haruka Funakubo.
Na disputa em Paris, Rafaela Silva passou direto da primeira fase sem lutar por ser cabeça-de-chave. Nas oitavas, superou Maysa Pardayeva, do Turcomenistão, com uma chave de braço. Na fase seguinte, passou por Eteri Liparteliani, da Geórgia, por ippon.
Na semifinal, Rafaela Silva encontrou uma adversária duríssima, a sul-coreana Mimi Huh. A brasileira tinha um histórico de quatro derrotas em quatro combates diante da rival. E perdeu novamente. Com uma estratégia eficiente, a asiática conseguiu uma imobilização no golden score e avançou à decisão.
Conheça mais sobre Rafaela Silva
Aos 32 anos, a carioca Rafaela Silva tem origem humilde. Ela é uma descoberta do Instituto Reação, ONG do judoca Flávio Canto. Mostrou sua aptidão para o judô cedo, aos 8 anos.
Em 2008, provou que teria futuro na modalidade: conquistou o título mundial sub-20. A partir de 2011, conseguiu subir mais um patamar ao faturar a prata no Mundial e nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
No ano seguinte, foi como uma das esperanças de medalha para as Olimpíadas de Londres, mas acabou desclassificada por aplicar um golpe ilegal na húngara Hedvig Karakas. A derrota desencadeou uma polêmica: ela foi vítima de racismo nas redes sociais, algo que a abalou muito.
Mas Rafaela Silva deu a volta por cima com talento e determinação. Ela mostrou sua força em 2016, quando conquistou a medalha nos Jogos Olímpicos em casa, de forma incontestável.
No entanto, em 2019, sentiu o gosto amargo de uma suspensão por doping em função da substância fenoterol. Após um exame nos Jogos Pan-Americanos, ela foi suspensa e ficou fora das Olimpíadas de Tóquio.
Novamente, Rafaela Silva provou seu talento para dar a volta por cima. No ano passado, mostrou estar em grande forma com a conquista do ouro no Campeonato Mundial e no Pan-Americano de Santiago.
Fonte: Gazeta Esportiva