Um documento assinado entre os seis deputados do PSDB eleitos e o deputado Lídio Lopes (Patri) formalizou um acordo entre as partes para votação da próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Ele conseguiu garantir o apoio dos tucanos para se eleger presidente da Casa de Leis.
A articulação foi feita durante o segundo turno das eleições deste ano. A deputada federal e senadora eleita, Tereza Cristina (PP) intermediou a conversa entre PSDB e Lídio Lopes, que é presidente do partido no Estado e marido da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota).
A ex-ministra da Agricultura fez campanha política para Eduardo Riedel (PSDB) na disputa ao governo do Estado. Com acordo fechado, a Capital passou a integrar o arco de aliança dos municípios para a continuidade da administração do PSDB. Ao todo, 76 cidades das 79 de Mato Grosso do Sul apoiaram Riedel, que conseguiu se eleger.
Quem confirmou o acordo foi o atual primeiro secretário da Mesa Diretora, Zé Teixeira (PSDB). Segundo ele, o documento só tem uma via e foi entregue na mão da Tereza Cristina.
Regras – Para eleger a próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa são necessários 13 votos. Com os seis votos dos deputados Mara Caseiro, Paulo Corrêa, Zé Teixeira, Caravina, Jamilson Name e Lia Nogueira, mais o voto do próprio Lídio, são sete.
Ele precisa convencer outros seis dos demais 14 deputados que fazem parte da Casa de Leis para conseguir chegar ao comando do Poder Legislativo no próximo biênio. A votação ocorre em fevereiro de 2023, na sessão inaugural da próxima legislatura.
A reportagem procurou o deputado Lídio Lopes para questionar como ele vai fazer a articulação política para conseguir os demais votos e chegar à presidência. Mas ele não respondeu. Desde quarta-feira (9), o patriota está em Recife (PE) para 25ª Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, entidade que ele é presidente.
CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS