Nesta terça-feira, o Brasil encara o Paraguai, às 21h30 (de Brasília), pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, no Mineirão. Aproveitando o clima de Belo Horizonte, o técnico Tite relembrou sua passagem de “insucesso” no Atlético-MG, em 2005.
“Tenho um sentimento muito grande, porque fiz grandes amigos na minha passagem pelo Atlético. Tenho pessoas que tenho admiração, carinho e um aspecto solidário muito especial. Eu fico com um duplo sentimento, como já coloquei, de não ter feito meu melhor trabalho, ter tido insucesso no Atlético, isso me deixa com senso de dívida. Não de caráter ou conduta, mas, sim, de resultado”, revelou.
“Eu estava insuficientemente maduro e estudado para dirigir o Atlético. Eu era pouco para a grandeza do Atlético, não estava suficientemente formado”, ressaltou.
De fato, a passagem de Tite pelo Galo não foi feliz. Foram 21 jogos e apenas quatro vitórias, o que resultou em sua demissão. No final daquele ano, o Atlético foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Importância da torcida no Mineirão
Diferentemente dos tempos de Galo, Tite tem um bom retrospecto com o Brasil atuando no Mineirão. Foram dois jogos, ambos contra a Argentina, e duas vitórias. O treinador relembrou as partidas no estádio e ressaltou a importância da torcida.
“Com a Seleção Brasileira, que acolhimento bonito que a gente teve nos dois jogos contra a Argentina. Os dois jogos foram de uma atmosfera… Sabemos que alguns lugares tem mais, outros não tem tantos de verdadeiramente torcerem para a Seleção. Essa possibilidade de identificação com o atleta e o técnico ele sente, então essas duas apresentações que tivemos foram muito bonitas”, disse.
“Paulo César Vasconcelos me deu uma luz, ele disse, ‘Tite, o técnico da Seleção Brasileira fala para o mundo futebol e para o mundo muito maior social, de outros segmentos, numa estrutura maior’. Vou pegar essa maior e dizer: Quando a gente se sente apoiado e incentivado, a sua possibilidade de desempenho é melhor. Quando tu vai para um local onde ele te abraça e incentiva, o atleta dentro de campo sente isso, tu se sente fortalecido e confiante, inclusive, para errar, porque o futebol é um jogo de erro. É uma forma da equipe e dos jovens verdadeiramente se sentirem confiantes. Que a camisa amarela seja, sim, de responsabilidade, mas que também seja de alegria e confiança”, completou.
Fonte: Gazetaesportiva.net