FALSO
A definição dos valores destinados pelo Ministério da Saúde para ações de enfrentamento à pandemia não toma como base o número de pacientes infectados ou mortos
- Conteúdo verificado: Vídeo compartilhado no Facebook por um médico e no qual um homem não identificado afirma que hospitais recebem R$ 18 mil a cada registro de óbito por covid-19.
É falsa a afirmação de que governos e prefeituras estariam recebendo R$ 18 mil por cada morte por Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus). A informação voltou a circular nas redes sociais em Mato Grosso do Sul nas últimas semanas.
Autoridades públicas do Estado demonstraram surpresa e revolta ao serem questionados sobre a informação falsa.
“É um absurdo, coisa de gente diabólica”, limitou-se a dizer o secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende. O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, também rebateu a notícia falsa. “É um absurdo, como toda mentira é”, afirmou.
Em um vídeo que circula desde o mês passado, um homem não identificado mostra uma declaração de óbito de um morador do interior do Rio Grande do Sul. No documento, consta que ele tinha suspeita de Covid-19.
O autor do vídeo diz, mais de uma vez, que conversou com “o médico” que assinou a declaração e que ele teria confirmado que a informação foi incluída apenas para que o hospital pudesse receber o valor.
Ao fazer a postagem, Carmo insinuou que isso estaria por trás do elevado número de óbitos no país. “Entendem agora o altíssimo número de mortes por covid-19?”, questionou.
As informações não são verdadeiras porque a definição dos valores destinados pelo Ministério da Saúde para ações de enfrentamento à pandemia não toma como base o número de pacientes infectados ou mortos.
A vítima em questão sequer foi atendida em um hospital e, sim, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Além disso, tudo indica que o autor do vídeo não teve qualquer contato com a profissional que assinou a declaração de óbito — uma médica mulher. A inclusão da suspeita no documento atendeu a uma recomendação de órgãos de saúde.
Leia a verificação completa no site do Projeto Comprova.
Fonte: CorreioDoEstado