Nesta quinta-feira, 26 de março, completa um mês que o Brasil identificou seu primeiro caso de coronavírus. Já são 57 mortes e 2433 casos confirmados de Covid-19 no País. Em Mato Grosso do Sul hoje, o boletim epidemiológico registra 25 casos confirmados, um a mais que ontem, sem nenhum óbito. O novo paciente é um bebê de 3 meses, de Campo Grande, contaminado por pessoa da família. Ele não tem sintomas e está em casa.
Aqui no Estado já são 388 notificações, 299 suspeitas descartadas e 11 excluídos. O lado bom é que nesta quinta-feira 9 pacientes tiveram alta, estão curados e 12 seguem em isolamento domiciliar. A notícia ruim é que quatro seguem internados, duas pessoas com alta programada, uma amanhã e outra na próxima semana, e duas outras com quadro mais grave, na UTI.
No dia 26 de fevereiro, o primeiro caso foi identificado no Brasil. Em Mato Grosso do Sul a confirmação chegou 17 dias depois, em 14 de março.
Corrida contra o tempo – Como se trata de nova enfermidade, enquanto ela se espalha pelo mundo, pesquisadores tentam entender sua dinâmica, e, assim como no Brasil, traçar projeções.
Em uma das entrevistas recentes, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS), disse que concluído o primeiro mês seria possível estimar dados sobre o avanço com base no próprio cenário.
Com base na experiência de outros países, o Ministério estimou que o Brasil terá pico de casos entre 6 e 20 de abril. Essa estimativa tem como parâmetro o contexto de transmissão comunitária, quando já não se é mais possível identificar de quem o doente contraiu o coronavírus. Mato Grosso do Sul, com o número de casos ainda pequenos, ainda estava em transmissão local.
Enquanto a pandemia segue sua velocidade acelerada de transmissão e óbitos, com mais de 20 mil mortes em quatro meses no mundo, o Brasil ingressou em polêmico debate sobre a conveniência de manter ou não o isolamento social, medida que a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda, diante da falta de medicação ou vacina e os poucos conhecimentos que ainda se tem sobre a doença.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a defender a adoção de um isolamento vertical, em que somente idosos e pessoas com saúde frágil ficariam isoladas, enquanto as atividades produtivas e as aulas poderiam ser retomadas.
Houve embate com governadores e prefeitos e autoridades e profissionais de saúde, que seguem defendendo o confinamento das pessoas, mas a fala do presidente encontrou eco entre muitos aliados, retomando polarizados debates assemelhados ao período eleitoral.
Fonte: campograndenews