Bolsonaro pede para país voltar ao normal, número de confirmados sobe para 2.555 e 59 mortos pelo Covid-19

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Imagem: uol.noticias.com

Bruno Brischiliari

Além de São Paulo e Rio de Janeiro já possuírem vários óbitos, novos estados como Amazonas, Pernambuco e Rio Grande do Sul apresentaram mortes. Nesta quarta (25/03), dos 27 governadores 25 afirmaram que ainda manterão o isolamento social, apenas governadores de RO e RR não se posicionaram sobre o assunto.

Com dados das secretarias estaduais de saúde atualizados até 21h de quarta-feira (25), 2.555 casos confirmados e 59 mortos pelo Coronavírus. O estado de São Paulo é o país com maior número de casos confirmados e disparado com mortos no país.

Na manhã desta quarta (25/03), Bolsonaro pediu “”volta à normalidade”, mas o pronunciamento não foi muito aceito pelos governadores de todo Brasil durante uma reunião entre as autoridades.

Fala de Bolsonaro não agrada governadores

O presidente Jair Bolsonaro decretou a abertura de lotéricas em todo o Brasil. Segundo Bolsonaro, no Brasil existem 12.956 lotéricas e 2.463 se encontram fechadas por decretos estaduais ou municipais.

Para muitos brasileiros, o presidente vai contrário à sugestão da OMS e não é o momento de sair de casa, com medo da saúde própria e familiares. Outros brasileiros, apoiadores do presidente vão de acordo ao seu argumento, onde diz que se o Brasil parar, muitos não irão morrer do vírus e sim pela miséria.

Governadores criticaram o presidente duramente, e disseram que manterão as regras de isolamento, os que ainda defendem a posição de isolamento são comandantes dos seguintes estados: AC, AL, AP, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PB, PR, PE, PI, RJ, RN, RS, SC, SP, SE e TO. Contrária a fala do presidente, diversos governadores falaram sobre o assunto, muitos criticando, dois se abstendo e poucos mantendo a posição de isolamento, porém sem falar sobre o posicionamento de Bolsonaro.

Um dos governadores contrário Bolsonaro, é seu antigo aliado, Ronaldo Caiado (DEM), governador de Goiás, onde chegou a dizer “Não tem mais diálogo com esse homem. As coisas têm que ter um ponto final”.

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) também não entrou em consenso com o presidente em reunião por uma videoconferência, e até mesmo durante a reunião, ambos trocaram farpas, onde ao término o governador de São Paulo disse que a reunião foi decepcionante.

O governador Wilson Witzel (PSL), do Rio de Janeiro, disse que mantém a determinação para a população do estado ficar em casa, ao contrário do que defende Bolsonaro e finalizou “Ressuscitar a economia a gente consegue. Ressuscitar quem morreu é impossível”.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) garantiu que seu estado continuará seguindo o protocolo de quarentena pelos próximos dias até que a transmissão do coronavírus seja controlada e, assim, os estabelecimentos comerciais possam ser reabertos gradativamente.

Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, não criticou o presidente, porém disse que ainda manterá as medidas de isolamento social.

O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que manterá o isolamento social, “Precisamos salvar vidas, combatendo a pandemia e também o caos econômico e social, representado pela possibilidade de desemprego agudo, agravamento da fome entre os mais vulneráveis e o desabastecimento da população! Ninguém está imune! Para superar essa tragédia, todos temos que ser parte da solução. A hora exige alta responsabilidade, dos governos, das empresas , dos cidadãos.”

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