Prefeitos querem impedir que adicionais de 1% do FPM vão para o Fundeb

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Aroldi com com a relatora da PEC, professora Dorinha (DEM-TO)

Com discussão e votação convocadas para esta semana na Comissão Especial da Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2015 – que torna o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) mecanismo permanente – tem sido tema de articulação técnica e política da Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Desde que a matéria começou a tramitar, a entidade tem se debruçado sobre o tema para garantir que as demandas da gestão local sejam atendidas. Na terça-feira (10), ocorreu mais uma reunião do presidente da CNM, Glademir Aroldi, com a relatora da PEC, professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), e o presidente da Comissão, deputado Bacelar (Pode-BA), para reforçar os pleitos.

Entre os pontos citados, Aroldi destacou o pedido de não inclusão na cesta do Fundeb dos dois 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) repassados aos Municípios em julho e dezembro de cada ano.

Para a Confederação, esses adicionais auxiliam as prefeituras em períodos de crescimento de despesa, como o pagamento do 13º salário em dezembro e de queda na receita em julho em razão da restituição do IR.

Além de não ser justo incluir o montante de natureza extraordinária e com caráter de apoio financeiro, o movimento municipalista lembra que que os referidos valores, por incorporarem à receita de impostos do Município, consequentemente já são aplicados em ações de Manutenção e Desenvolvimento de Ensino (MDE) e se traduzem em mais recursos aplicados na educação local.

Pontos positivos

Outras demandas do movimento municipalista referem-se ao salário educação – hoje destinado a programas federais, como os de alimentação e transporte escolar, dinheiro direto na escola, livro didático e outros –; ao Custo Aluno Qualidade (CAQ); à participação social nas políticas; e aos recursos adicionais à complementação da União para manutenção e custeio das creches.

Vale destacar que as definições acerca do Fundeb são endossadas pelo Conselho Político da CNM, que reúne as 27 associações/federações estaduais.

A PEC transforma o Fundeb – previsto para acabar neste ano – em mecanismo permanente de financiamento da educação básica pública e aperfeiçoa os critérios de distribuição, aumentando a complementação por parte da União.

Apesar das sugestões de aprimoramento, a Confederação reconhece que o texto apresentado na comissão pela relatora contempla outras demandas municipalistas, como o estabelecimento de um modelo híbrido para divisão dos recursos: 10% distribuídos por Estado como no Fundeb atual e 7,5% distribuídos por rede de ensino pelo valor aluno-ano total.

O último critério visa a um maior equilíbrio da rede municipal, já que Municípios de Estados que hoje não são beneficiados com a complementação poderão receber recursos.

Também participaram do encontro o supervisor da Assessoria Parlamentar da CNM, André Alencar; e as consultoras de Educação da entidade, Mariza Abreu e Selma Maquine. Com informações da Agência CNM.

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