Em dia de “saidinha”, presos liberados prometem aproveitar família e voltar

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Preso indo para a casa com as sacolas cheias de roupas (Foto: Henrique Kawaminami)

Por volta das 6h desta terça-feira (24), dezenas de presos deixaram, com as roupas na sacola, o Centro Penal da Gameleira para a famosa “saidinha” de fim de ano. Também havia movimentação de mototaxistas e motoristas de aplicativos no entorno da penitenciária para garantir o transporte de volta para casa.

Em Campo Grande, a Justiça autorizou a saída de 602 presos dos regimes aberto e semiaberto, concessão prevista na legislação penal. À reportagem, quem conseguiu a “folga” garante que só quer aproveitar a família e promete voltar, mas também reclama da redução do benefício de 7 para 3 dias.

Um homem de 53 anos, que pediu para não ser identificado, cumpre pena de 15 anos pelo crime de homicídio e foi um dos beneficiados. Ele contou que já trabalhou como pedreiro, em frigorifico e atualmente está aposentado por invalidez devido à problema na coluna. Esta é a segunda vez que o presidiário aproveita o fim de ano com a família. “O ano passado saí e voltei. Quero pagar tudo o que devo pela minha família”, disse.

Ele criticou os colegas que saem e não voltam, ou saem para cometer outros crimes. “Isso acaba prejudicando os outros presos que querem cumprir a pena certinho”, lamentou. O interno cita outro exemplo de colega que diz estar doente só para fugir. “Esses dias fiquei doente e não pude sair, justamente por causa de outras pessoas que não levam a sério as regras”. O “saidão” beneficiará 547 homens e 55 mulheres a partir de hoje, em escala prevista até o Ano Novo.

Compartilha da mesma opinião um outro interno que cumpre pena de 5 anos e 17 anos por crime de estupro. Ele contou que já cumpriu 3 anos, 10 meses e dois dias de pena. “Esta e a 4ª saidinha que eu saio. Tem gente que vai para a rua, comete outros crimes e acaba prejudicando quem faz tudo certinho. Ele também reclamou que da redução do benefício de 7 para 3 dias. “A intenção é aproveitar a família, reconstruir a vida. Quero volta a trabalhar”, afirma o preso dizendo que tem uma oficina de conserto de bicicleta.

Capital

Por volta das 6h desta terça-feira (24), dezenas de presos deixaram, com as roupas na sacola, o Centro Penal da Gameleira para a famosa “saidinha” de fim de ano. Também havia movimentação de mototaxistas e motoristas de aplicativos no entorno da penitenciária para garantir o transporte de volta para casa.

Em Campo Grande, a Justiça autorizou a saída de 602 presos dos regimes aberto e semiaberto, concessão prevista na legislação penal. À reportagem, quem conseguiu a “folga” garante que só quer aproveitar a família e promete voltar, mas também reclama da redução do benefício de 7 para 3 dias.

Um homem de 53 anos, que pediu para não ser identificado, cumpre pena de 15 anos pelo crime de homicídio e foi um dos beneficiados. Ele contou que já trabalhou como pedreiro, em frigorifico e atualmente está aposentado por invalidez devido à problema na coluna. Esta é a segunda vez que o presidiário aproveita o fim de ano com a família. “O ano passado saí e voltei. Quero pagar tudo o que devo pela minha família”, disse.

Ele criticou os colegas que saem e não voltam, ou saem para cometer outros crimes. “Isso acaba prejudicando os outros presos que querem cumprir a pena certinho”, lamentou. O interno cita outro exemplo de colega que diz estar doente só para fugir. “Esses dias fiquei doente e não pude sair, justamente por causa de outras pessoas que não levam a sério as regras”. O “saidão” beneficiará 547 homens e 55 mulheres a partir de hoje, em escala prevista até o Ano Novo.

Compartilha da mesma opinião um outro interno que cumpre pena de 5 anos e 17 anos por crime de estupro. Ele contou que já cumpriu 3 anos, 10 meses e dois dias de pena. “Esta e a 4ª saidinha que eu saio. Tem gente que vai para a rua, comete outros crimes e acaba prejudicando quem faz tudo certinho. Ele também reclamou que da redução do benefício de 7 para 3 dias. “A intenção é aproveitar a família, reconstruir a vida. Quero volta a trabalhar”, afirma o preso dizendo que tem uma oficina de conserto de bicicleta.

Condenado por tráfico de drogas, um interno de 29 anos, seguia para o trabalho no ônibus que vai buscar os internos na penitenciária. Ele sairá no Ano Novo. “A saidinha é vista como algo ruim. Porém é um direito da gente, que foi adquirido. Queremos só passar os dias com a nossa família e rever os amigos. Meu objetivo é cumprir a minha pena e depois sir daqui e ressocializar com a sociedade.

Outro preso de 25 anos que também cumpri pena por homicídio contou que está há 2 anos e 4 meses na Gameleira. Pai de dois filhos de 3 e 5 anos, o rapaz afirmou que a melhor parte da saidinha é poder tirar a prisão da mente. Lá, dentro é uma tortura psicológica. Quero rever o pessoal, aproveitar os dias com a minha mulher, meus filhos e comer uma comida diferente.

De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), a escala de liberação começou hoje, dia 24 e vai até dia 26: nesta fase o benefício será concedido a 194 homens e 23 mulheres do regime aberto e 210 homens e 16 mulheres do regime semiaberto.

O motorista de aplicativo Etiene Ramos, 50 anos, foi para a frente da Gameleira depois de ficar sabendo da saidinha. “Tenho uma conhecida que vende café aqui na frente e me avisou que o movimento ia ser grande de pessoas querendo corrida”, disse.

As saídas tempórarias, popularmente conhecidas como “saidões” ou “saidinhas”, estão previstas na Lei de Execução Penal (Lei n° 7.210/84) e ocorrem em datas comemorativas específicas: Natal, Ano Novo, Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Pais. Somente os presos que cumprem pena no regime semiaberto (penúltimo estágio de cumprimento da pena) com autorização para saídas e bom comportamento carcerário nos últimos três meses têm direito ao benefício.

FONTE: Campograndenews

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