Dólar renova máxima do ano e fecha a R$ 4,17

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O dólar fechou em leve alta nesta quinta-feira (29), após um pregão instável, com o mercado de olho nas atuações do Banco Central, nas incertezas político-econômicas na Argentina e nos números do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no 2º trimestre, que mostraram uma alta de 0,4% sobre o trimestre anterior.

A moeda norte-americana terminou o dia em alta de 0,30%, vendida a R$ 4,1704, maior patamar de fechamento do ano e também maior nível desde o recorde de R$ 4,1952, atingido em 13 de setembro de 2018. Veja mais cotações.

Na mínima desta quinta, a cotação foi a R$ 4,1435. Na máxima, chegou a R$ 4,1773.

Na véspera, o dólar fechou praticamente estável, com variação de 0,01%, a R$ 4,1579, renovando patamar máximo de fechamento desde setembro do ano passado.

Já a bolsa de valores avançou 2,37%, a 100.524 pontos, com o resultado do PIB.

“A leitura do PIB acaba gerando um clima um pouco mais favorável nos mercados internos, ainda que esse alívio não seja suficiente para compensar toda turbulência que temos visto na moeda”, afirmou à Reuters Camila Abdelmalack, economista-chefe da CM Capital Markets.

O BC vendeu todos os US$ 544,5 milhões em moeda física nesta quinta-feira e negociou ainda todos os 10.890 contratos de swap cambial reverso ofertados, nos quais assume posição comprada em dólar.

Segundo analistas da XP Investimentos, “o impacto total desse evento sobre o crescimento econômico brasileiro ainda é incerto e no curto prazo deve apenas colocar um pouco de pressão sobre a taxa de câmbio dada a maior aversão ao risco global e ao fato de o Brasil estar, de alguma forma, mais exposto à Argentina.”

Cenário externo pesa

Também seguia no radar o cenário político-econômico argentino, depois que o governo anunciou na quarta-feira que o país vai negociar com os detentores de seus títulos soberanos e o Fundo Monetário Internacional para prorrogar os prazos de vencimento de sua dívida.

Segundo analistas da XP Investimentos, “o impacto total desse evento sobre o crescimento econômico brasileiro ainda é incerto e no curto prazo deve apenas colocar um pouco de pressão sobre a taxa de câmbio dada a maior aversão ao risco global e ao fato de o Brasil estar, de alguma forma, mais exposto à Argentina.”

As negociações comerciais entre EUA e China também seguiam de pano de fundo, com o Ministério do Comércio da China dizendo que os dois lados “deveriam criar condições” para o progresso nas negociações e que a China é contra a intensificação da guerra comercial e está disposta a resolver o problema com calma.

Fonte: Globo.com

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