O delegado Tiago Macedo, da 4ª Delegacia de Polícia Civil, encaminhou à Polícia Federal ofício informando que Miguel Arcanjo Camilo Júnior, indiciado pelo homicídio do tio Oswaldo Foglia Júnior, pode ter fraudado a documentação para obter direito ao porte de arma de fogo.
Responsável pelo inquérito, Macedo informou ao Midiamax que, durante as investigações, percebeu incoerências nas declarações de Miguel. O investigado alegava que sofria de problemas psiquiátricos, no entanto, estava autorizado a usar sua pistola PT Taurus 380.
“Ele dizia que estava sofrendo há um ano de síndrome do pânico e até usou isso para negociar uma apresentação. No entanto, o registro de arma dele é de maio, o que chamou a atenção”, explicou o delegado, que encaminhou cópia do relatório de inquérito à PF, para que a situação dele seja analisada.
Neste sentido, pode responder por falsificação de documento ou até mesmo falsidade ideológica. A pistola foi usada na execução do tio e ficou escondida e foi entregue à Polícia Civil recentemente, por terceiros, a pedido de Miguel. Além dele, o cunhado e o sogro também foram indiciados, por favorecerem a fuga.
O assassinato ocorreu no dia 16 de julho no Jardim São Lourenço, em Campo Grande, por conta de serviços de cobrança prestados pelo tio a um fornecedor de Miguel. No momento do crime, Oswaldo teria ido até a conveniência e teria dito ao sobrinho que estava com um facão no carro e que iria matá-lo.
Momento em que, armado com uma pistola, o autor atirou contra o agiota que morreu no local. Em seguida, o sobrinho fugiu em um Camaro amarelo que foi encontrado abandonado na manhã seguinte, no bairro Cristo Redentor.
Fonte: MidiaMax