Willams Araújo
O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina, destacou nesta segunda-feira (22), durante evento com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ações do governo Bolsonaro na área de saúde pública, mas aproveitou a oportunidade para cobrar atualização dos valores para manutenção do ESF (Estratégia Saúde da Família).
Mandetta veio a Campo Grande lançar o programa “Saúde na Hora”, que amplia o horário de atendimento de vários postos de saúde em Campo Grande.
Na presença do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), e demais autoridades locais, o ministro lançou também a Campanha Nacional de Testagem e Vacinação de Hepatites.
Falando em nome dos prefeitos e prefeitas – cerca de 50 presentes ao ato, segundo o cerimonial do governo — , Caravina destacou o empenho de Mandetta e do presidente Jair Bolsonaro por terem liberado recursos para investimento na área de saúde pública como parte de emendas parlamentares referentes a 2017 e 2018, além de verbas atrasadas na área de atenção básica e custeio.
“Isso é muito importante para os municípios, principalmente nesse período difícil do ano, quando a receita cai por conta da restituição do imposto de renda”, colocou o dirigente municipalista, referindo-se a liberação de verbas que estavam “represadas” há quase três anos.
Segundo ele, isso mostra que o governo Bolsonaro e o Ministério da Saúde estão bem intencionados, com boa vontade de fazerem as coisas acontecerem nos municípios.
“Aproveito a oportunidade para lembrar que hoje os municípios deveriam gastar 15% obrigatórios com saúde, mas não existe quase nenhum deles que gasta menos que 25%, nós estamos fazendo inclusive atenção especializada, estamos gastando muito com isso”, ponderou, acrescentando que o valor para manutenção do ESF nunca foi atualizado.
Caravina disse que as prefeituras, apesar das dificuldades decorrentes da crise e do encolhimento da receita, devido principalmente à queda do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), são obrigas a custear as despesas do setor.
“Hoje o município recebe de R$ 7 mil a 10 mil pelo ESF, mas na verdade gasta de R$ 40 a 50 mil para pagar médico, enfermeiro, dentista, auxiliar de enfermagem, enfim toda a equipe, que é obrigatório, cobrou o presidente da Assomasul.
SAÚDE NA HORA
O programa Saúde na Hora, implantado na unidade do Iracy Coelho, visa ampliar o acesso aos serviços de atenção primária, entre eles consultas médicas e odontológicas, além de coleta de exames laboratoriais, assim como aplicação de vacinas e pré-natal.
Segundo Mandetta, haverá mais recursos aos municípios que ampliarem os horários de atendimento das unidades de saúde no período noturno e que mantêm expediente no período de almoço e fins de semana. Na Capital, são cerca de 70 postos inseridos no sistema.