Willams Araújo
O Conselho Político da CNM (Confederação Nacional de Municípios) se reúne na tarde desta terça-feira (4) em Brasília para encaminhar a pauta municipalista a ser discutida amanhã em encontro com líderes partidários.
Composto por dirigentes de entidades municipalistas, o Conselho quer que os municípios também sejam inseridos na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma da Previdência.
Integrante do colegiado, o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Pedro Caravina, encontra-se em Brasília para participar dos dois encontros.
Antes de embarcar para a capital federal, Caravina disse que é muito importante que os municípios também participem da reforma da Previdência.
“Não tem que deixar que os municípios façam (a reforma) separados”, sintetizou Caravina, ao lembrar que na segunda-feira (3) o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) defendeu, durante evento em São Paulo, a inclusão de estados e municípios na PEC que trata da Previdência.
Em reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, Reinaldo e os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), ambos do PSDB, reforçaram a necessidade de trabalhar com as bancadas federais a posição de voto do texto da reforma com a participação de estados e municípios na emenda constitucional.
“É preciso que a Reforma seja equacionada, não tem como deixar Estados ou municípios de fora. É preciso melhor equilibrar, distribuir melhor as riquezas pagas pela população para poder fazer mais em saúde, educação e investimentos”, pontuou o governador na reunião com os colegas tucanos.
COINCIDÊNCIA DE MANDATOS
Na reunião de quarta-feira com os líderes partidários, segundo o presidente da Assomasul, será tratada também sobre a PEC que prevê a unificação das eleições no país.
O texto inclui a proibição da reeleição dos atuais prefeitos e vereadores para que haja um só pleito em 2022 para todos os cargos eletivos.
Atualmente, a escolha de presidente, senador, deputado federal, deputado estadual e governador ocorre no mesmo ano e, dois anos depois, se dá a eleição para prefeito e vereador.
Além de por fim a um gasto calculado em torno de R$ 4,5 bilhões a cada pleito, a ideia é coincidir também os planos de investimentos dos governos federal, estaduais e municipais.
Caravina argumenta que a unificação das eleições é muito importante para o país porque, fora os gastos exorbitantes, o Plano Plurianual dos Municípios nunca coincide com o Plano Plurianual do governo federal e do governo estadual, dificultando, segundo ele, os investimentos essenciais.