Subsecretaria da Mulher antecipa retomada do programa “Maria da Penha vai à Escola”

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Campo Grande (MS) – A Subsecretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres antecipou a retomada do programa “Maria da Penha vai à Escola”, e na quinta-feira (9.5) levou as atividades para a Escola Estadual Aracy Eudociak, do bairro Jardim Tijuca.

Por meio de palestras, gestoras especializadas sensibilizaram os jovens com conversas sobre a Lei Maria da Penha (que em agosto deste ano completará 13 anos) e informações sobre seus direitos, para que tenham a percepção e a consciência sobre o que configura a violência doméstica.

Segundo a subsecretária de políticas públicas para as mulheres, Giovana Corrêa Vargas, o projeto só retornaria em agosto, mas com a crescente onda de violência no Estado se fez necessário começar logo. “Este projeto só retornaria com a Campanha Agosto Lilás, porém não podemos mais esperar para trazer a vocês jovens um assunto tão sério. O feminicídio não acontece só quando a bala entra no corpo ou quando a mão agressora atinge o rosto de uma mulher. Ele começa nas pequenas violências psicológicas, na agressão verbal, no ciúme. Você, que as vezes escuta seu vizinho e se omite pois não quer meter a colher, eu te digo, tem que se meter sim, a sua atitude pode salvar uma vida”, alertou Giovana, se dirigindo diretamente ao público de estudantes do ensino médio.

Secretária Giovana Vargas fala para os alunos sobre a importância de se denunciar a violência contra a mulher

A coordenadora do colégio, Mara Félix, conta que por ali o assunto é discutido há algum tempo e sempre muito bem acatado pelos alunos. “Aqui temos um quadro de professores muito bons, que há algum tempo vem preparando os alunos com pautas sociais. Violência contra a mulher é um assunto já abordado em sala de aula, no dia a dia eles nos trazem relatos de convivência, algum parente próximo, vizinhos ou até mesmo atitudes machistas que sofrem no namoro. Portanto temos a consciência da importância do trabalho que está sendo feito hoje”, relatou a coordenadora.

Além de explicar detalhes da Lei Maria da Penha abordando assuntos como o feminismo e o ciclo da violência, a técnica da Subsecretaria das Mulheres, Nancineide Cácia da Silva Gonçalves, também alertou os presentes sobre os riscos das redes sociais. “Hoje muitas meninas são expostas em imagens divulgadas por namorados ou gente próxima e uma vez que entra na rede vira peixe, não tem como voltar. Algumas adolescentes não puderam sequer voltar à escola e há até casos de suicídio. A lei Maria da Penha vem para mostrar os ciclos que a violência contra mulher ultrapassa”, afirmou Nancineide.

Entre perguntas e falas dos alunos que participavam atentamente, uma estudante se aproximou da equipe de gestores emocionalmente abalada. Ela relatou que após ouvir a fala da subsecretária sobre a expressão “meter a colher”, se sentiu culpada de ainda não ter denunciado o vizinho que diariamente comete sérias violências contra a esposa.

A equipe da Subs Mulheres orientou a jovem a tomar os procedimentos necessários, entre eles, ligar no 180 para informações sobre serviços e denúncias, que podem ser anônimas.

Se a violência tiver acontecendo naquele momento, em casos de urgência e emergência, ligar 190 e chamar a Polícia Militar. Em Campo Grande, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) está localizada na Casa da Mulher Brasileira e funciona 24h por dia.

 

Texto e fotos: Alexander Onça – Subsecretaria Especial de Cidadania (Secid)

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