Suspeito de feminicídio no DF disse que ganhou na loteria e pediu demissão após crime

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Uma mensagem de WhatsApp enviada pelo cabeleireiro Antônio Pereira Alves, de 50 anos, para o dono do salão onde trabalhava, no Distrito Federal, é uma das pistas seguidas pela Polícia Civil que coloca Alves como principal suspeito pela morte da namorada Maria dos Santos Gaudêncio, de 52

Ela foi encontrada morta dentro de casa, na noite desta Terça-feira (19). De acordo com a investigação, Maria foi morta com um golpe na nuca, no domingo (17).

Na segunda-feira (18), Alves pediu demissão dizendo que havia ganhado na loteria. Disse ao patrão que tinha deixado a chave de casa, doado as roupas e a máquina de cortar cabelo – e que iria embora.

Depois disso, o cabeleireiro não foi mais visto. Ele e Maria namoravam há pouco mais de um ano e, segundo parentes, não tinham nenhum histórico de violência.

No domingo, dia do assassinato, eles almoçaram na casa de uma das filhas de Maria, em Ceilândia. No domingo, o cabeleireiro foi visto saindo da casa da vítima, no Itapoã, por volta das 23h.

‘Vontade de matar alguém’

Maria dos Santos Gaudêncio, vítima de feminicídio no DF, em foto com o namorado que é o principal suspeito pelo crime — Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Maria dos Santos Gaudêncio, vítima de feminicídio no DF, em foto com o namorado que é o principal suspeito pelo crime — Foto: Polícia Civil/ Divulgação

De acordo com depoimentos dados à Polícia Civil, no sábado (16), um dia antes do crime, Alves pediu para “acertar o salário” com o dono do salão onde trabalhava. Ele teria dito que iria para a casa de um primo que havia morrido, em Goiás. Mas uma frase do cabeleireiro chamou a atenção.

“Ele disse que estava com vontade matar alguém, sem dizer a quem se referia, informou uma testemunha.”

Em outra mensagem enviada para o patrão, na segunda-feira – depois da morte de Maria – Alves mostra parte do suposto bilhete de loteria premiado. Ele explica que ainda não havia conferido o resultado do jogo feito na semana anterior.

Mensagem de WhatsApp enviada por suspeito de feminicídio para o patrão, no DF, antes de desaparecer — Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Mensagem de WhatsApp enviada por suspeito de feminicídio para o patrão, no DF, antes de desaparecer — Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Filha encontrou corpo da mãe

Maria dos Santos Gaudêncio morava com uma das filhas. Foi a filha quem descobriu o corpo.

A jovem não dormiu em casa no domingo. Na segunda-feira, viu que a porta do quarto da mãe estava trancada, mas disse que não tentou abrir.

Ela contou ao policiais que na terça-feira foi para a aula e só voltou a noite. A casa estava do mesmo jeito, segundo relato à polícia, mas a jovem teria sentido um forte cheiro vindo do quarto e decidiu arrombar a porta.

Até o começo da noite desta quarta-feira (20), o suspeito Antônio Pereira Alves continuava foragido.

Fachada da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) do Distrito Federal, — Foto: TV Globo/Reprodução

Fachada da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) do Distrito Federal, — Foto: TV Globo/Reprodução

Segundo caso na mesma semana no Itapoã

O crime contra Maria dos Santos Gaudêncio foi o segundo caso de violência contra mulher no Itapoã nesta semana. Na noite de Segunda-Feira, um homem de 21 anos colocou fogo em um colchão, ligou o gás de cozinha e trancou a mulher e a filha de 3 anos dentro da casa.

As duas se salvaram graças a uma vizinha, que viu a fumaça. A vítima disse na delegacia que o ex-companheiro, Alisson Douglas Alves Panta, chegou na casa dizendo “vou te matar”.

Depois de colocar fogo, ele ainda feriu a ex-companheira com uma faca e fugiu, levando as chaves da casa.A justiça decretou prisão preventiva de Alisson.

Os dois casos são investigados pela 6ª DP, do Itapoã.

Fonte: G1

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