O incêndio do último dia 8 de fevereiro no Ninho do urubu, que matou 10 jogadores das categorias de base do Flamengo e deixou mais três feridos, segue trazendo resquícios. Na manhã desta quarta-feira, o Centro de Treinamentos do Rubro-Negro foi interditado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, que expediu um novo documento de solicitação.
A determinação, entretanto, não é inédita. No último dia 15, a Prefeitura carioca também havia determinado que o Flamengo fechasse todo o complexo do Ninho do Urubu, cumprindo uma ordem datada ainda de 2017. O clube, porém, optou por não acatar a decisão em ambas as oportunidades, mesmo com a tragédia que tomou conta das dependências da base.
Com a interdição, o Flamengo terá de procurar outro local para realizar seu treinamento, que estava programado para as 16h (de Brasília), desta quarta-feira. A sede da Gávea, que poderia ser uma alternativa, sequer conta com um alvará e não deve ser a escolhida.
A operação que culminou no fechamento preventivo do Centro de Treinamentos envolveu fiscais das secretarias de Fazenda e da Ordem Pública e é acompanhada pelo Ministério Público do Rio. A Guarda Municipal, inclusive, deve agir na forma de prevenção, cercando o CT para evitar que ele seja reaberto, enquanto o Flamengo não regularizar a situação.
Na porta do Ninho do Urubu foi afixada uma cópia do edital de interdição, que possui texto semelhante ao da ordem expedida ainda em 2017. No documento, a Prefeitura afirma que o Ninho do Urubu funciona “sem o competente alvará de licença para estabelecimento”.