Bolsonaro demite Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência e General assume em seu lugar

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Bebianno foi exonerado da Secretaria-Geral da Presidência, ato deve ser publicado nesta terça. (Foto: José Cruz/ABr/Arquivo)

Gustavo Bebianno não é mais o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. A exoneração, aguardada desde sexta-feira (15), foi confirmada nesta segunda (18) pelo porta-voz oficial do Palácio do Planalto, general Otávio de Rêgo Barros, sem que fosse confirmado o destino do agora ex-integrante do primeiro escalão do presidente Jair Bolsonaro.

Bebianno deixa a Esplanada dos Ministérios depois de ver, ao longo da última semana, seu nome atrelado a possíveis irregularidades com candidaturas fantasmas no PSL, partido o qual presidiu durante a campanha eleitoral de 2018, e rusgas com o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho e um dos mais próximos conselheiros do presidente.

Desde sexta-feira, notícias sobre idas e vindas na exoneração de Bebianno circularam na imprensa nacional. Entre elas, estava a de que Bolsonaro já havia assinado o ato de exoneração, mas teria sido convencido do contrário por colaboradores de seu governo. Possibilidades como a ida do colaborador para o conselho de gestão de Itaipu ou a Embaixada do Brasil em Roma, também ventiladas, até aqui não se concretizaram.

A exoneração de Bebianno não foi publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União –espera-se que a formalização ocorra nesta terça (19).

“O Excelentíssimo senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, decidiu exonerar, nesta data, do cargo de Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República o Senhor Gustavo Bebianno Rocha. O senhor Presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada”, pontuou o comunicado. Questionado, Rêgo Barros disse a jornalistas que a exoneração se deu por assunto de “foro íntimo” de Bolsonaro.

Denúncia – O jornal Folha de S. Paulo trouxe na semana passada reportagem acusando Bebianno de autorizar o uso de verbas do fundo partidário para financiar candidaturas-laranja do PSL em Pernambuco, tendo aval do presidente nacional da sigla, Luciano Bivar. Maria de Lourdes Paixão, que concorreu ao cargo de deputada federal e recebeu R$ 400 mil (terceiro maior repasse do partido a um candidato no país), obtendo 274 votos.

Conforme a prestação de contas, 95% do valor foi usado na impressão de santinhos e adesivos em uma gráfica cujo endereço informado não correspondia ao do estabelecimento. Uma assessora de Bebianno, que também foi candidata, teria recebido R$ 250 mil, com aval do então presidente nacional do partido, sendo que parte do dinheiro também foi destinado a uma gráfica que seria de fachada.

Bebianno negou responsabilidade com os fatos e, em paralelo, ao ser questionado sobre uma crise no governo, foi acusado de mentir por Carlos Bolsonaro quando disse que falou por três vezes o presidente (então internado para se recuperar da cirurgia para retirada da bolsa de colostomia). O ex-ministro também tentava se reunir com o presidente, o que só ocorreu na tarde de sexta.

O secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, o general Floriano Peixoto Vieira Neto, assume em definitivo a pasta.

General Floriano Peixoto Neto assumirá a Secretaria-Geral da Presidência. (Foto: Fernanda Frazão/ABr/Arquivo)

 

Fonte: CampoGrandeNews

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