Com torcida até no deserto, River Plate tenta espantar a zebra da vez no Mundial de Clubes

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Reprodução / Twitter

A vida dos campeões da Libertadores no Mundial de Clubes não tem sido fácil nesta década – em especial quando se trata de estreia nas semifinais da competição. Que o digam Internacional, Atlético-MG e Atlético Nacional. O River Plate é a bola da vez e inicia a busca pelo bicampeonato nesta terça-feira, contra o Al Ain, que vem de duas vitórias e estreia dentro da sua casa, e é preciso, ao menos por ora, deixar de lado o histórico título da Libertadores.

– A mensagem foi dada em Madri. Não podemos deixar passar essa oportunidade porque é um privilégio estar aqui, não vamos deixar passar. O que aconteceu (vitória sobre o Boca) foi muito importante, mas não vamos ficar com isso na cabeça – disse Gallardo, em entrevista coletiva nesta terça-feira.

Marcelo Gallardo quer deixar Libertadores de lado, ao menos por ora — Foto: ReutersMarcelo Gallardo quer deixar Libertadores de lado, ao menos por ora — Foto: Reuters

Marcelo Gallardo quer deixar Libertadores de lado, ao menos por ora — Foto: Reuters

O River Plate estreia contra o Al Ain nesta terça-feira, às 14h30 (de Brasília), em duelo que o SporTV e o GloboEsporte.com transmitem ao vivo

Gallardo sabe que o River Plate não entra em campo garantido na final. Só nesta década Internacional, Atlético-MG e Atlético Nacional foram eliminados na estreia pelas zebras Mazembe (2010), Raja Casablanca (2013) e Kashima Antlers (2016), respectivamente.

– Temos que tomar cuidado com relação a Al Ain, do meio para frente eles são rápidos e contam com jogadores altos que vão bem na jogada aérea. Temos que prestar atenção em todos os aspectos, como fazemos com todas as equipes que enfrentamos. Pelo que vimos, é um adversário difícil – alertou Maidana.

Outros tantos venceram de forma apertada rivais de menor investimento ou pouca tradição e alguns precisaram até passar pela prorrogação, como San Lorenzo (contra o Auckland City em 2014) e Grêmio (contra o Pachuca em 2017). Na década inteira, o sul-americano com a estreia mais tranquila foi o Santos, que em 2011 bateu o então campeão japonês Kashima Reysol por 3 a 1 na semifinal.

Brasileiro Caio é uma das esperanças do Al Ain para aprontar para cima do River — Foto: Divulgação / Arquivo pessoal

Brasileiro Caio é uma das esperanças do Al Ain para aprontar para cima do River — Foto: Divulgação / Arquivo pessoal

As estreias sul-americanas ao longo da década:

  • 2010: Mazembe 2 x 0 Inter
  • 2011: Kashiwa Reysol* 1 x 3 Santos
  • 2012: Al-Ahly 0 x 1 Corinthians
  • 2013: Raja Casablanca* 3 x 1 Atlético-MG
  • 2014: San Lorenzo 2 x 1 Auckland City (na prorrogação)
  • 2015: Sanfrecce Hiroshima* 0 x 1 River Plate
  • 2016: Atlético Nacional 0 x 3 Kashima Antlers*
  • 2017: Grêmio 1 x 0 Pachuca (na prorrogação)

*times anfitriões

Do outro lado, o Al Ain aposta no bom retrospecto dos times da casa no Mundial. Além dos recentes finalistas Kashima e Raja Casablanca, os anfitriões têm chegado com regularidade nas semifinais, mesmo estreando uma etapa antes dos demais. Nesta edição, o time do brasileiro Caio Lucas precisou bater o Team Wellington, da Nova Zelândia, e o Esperánce, da Tunísia, para chegar até aqui.

– Por sermos do país anfitrião e por muitos duvidarem da nossa capacidade, isso nos deu uma força a mais pra podermos brigar com os grandes. Estamos muito feliz e cheios de vontade de jogar e fazer o que mais amamos, que é jogar futebol – disse o brasileiro.

Para montar o time para a estreia, Gallardo tem ainda algumas dúvidas no meio-campo e pode usar Nacho Fernandez, Enzo Pérez ou Quintero, o autor do gol do título da Libertadores. Dessa forma, é possível que o River vá a campo com a seguinte formação. Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Casco; Nacho Fernández (ou Pérez ou Quintero), Palacios, Ponzio e Pity Martínez; Borré e Pratto.

Torcida até no deserto

Para compensar o fator casa, o River conta com uma boa torcida no país do Mundial de Clubes. Se os argentinos não tomam as contas das ruas dos Emirados Árabes, ao menos são animados e marcam presença no deserto, um dos pontos turísticos do país. O silêncio das dunas árabes foi quebrado pelo já tradicional refrão “El Pity Martínez, que loco que está”. Confira abaixo a animação.

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Até uma faixa usada após o rebaixamento em 2011 foi lembrada no deserto

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  FONTE: G1 
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