Horas após prova, concurseiros de MS denunciam erro e possível fraude: ‘Parece que foi feita de qualquer jeito’

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Candidatos mostram questão da prova em MS com formatação diferente e que poderia "induzir ao erro" — Foto: Redes sociais/Reprodução

A prova durou em média 4 horas, com centenas de candidatos distribuídos em duas universidades de Campo Grande. Já na saída, ao invés de comentarem sobre as 80 questões, o que se viu foi “muita polêmica” ao redor do concurso público para o cargo de professor da Secretaria de Estado de Educação (SED) do Mato Grosso do Sul, conforme testemunhas.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do governo e aguarda retorno.

“Eu ainda não fiz a correção da minha prova, vou deixar para amanhã ou até o final desta semana. Por enquanto, estou acompanhando centenas de candidatos, que montaram grupos no WhatsApp, já corrigiram e estão comentando e contestando os erros. Achei a prova muito fraca para o nível e importância que ela deveria ter. A impressão é outra que eu tive, parece que foi feita de qualquer jeito, porque até questões com imagens claramente copiadas da internet e sem fonte tinha”, afirmou ao G1 um professor de matemática, de 43 anos, que não quer ser identificado.

Já um professor de geografia, de 34 anos, que também não quer ter o nome divulgado, disse que está participando de três grupos e pretende registrar boletim de ocorrência. “Estamos nos organizando em coletivo para ir até a delegacia e também acionando uma assessoria jurídica, inclusive envolvendo a OAB-MS [Ordem dos Advogados do Brasil]”, comentou.

Como atuante na área, ele disse que chamou a atenção de geografia regional. “A questão regional, que deveria falar do estado, falava sobre o Rio de Janeiro. Seria a mesma coisa de fazer uma prova lá e perguntar qual foi o último município criado no nosso estado. Nós pagamos caro para fazer esta prova. Foram R$ 216 e soube que da PRF [Polícia Rodoviária Federal] está metade do valor. Com certeza, lá as pessoas não vão jogar dinheiro no lixo como fizemos”, lamentou o professor.

“O cartão de respostas era na mesma folha da prova e a gente tinha que rasgar ele na mão, não tinha nem o lugar do picote. Nós ficamos muito indignados, pois era difícil até de marcar as respostas. A formatação não teve a qualidade necessária, o gabarito tudo borrado, com letra minúscula e prints de internet, o que dava para ver nitidamente. Nós pagamos caro e não ficamos satisfeitos, agora não sei o que vai acontecer”, finalizou a professora de Língua Portuguesa, Joyce Dantas de Souza, de 27 anos.

Fonte: G1MS

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