Estrangeiros pagavam por documentos irregulares para entrar no Brasil, afirma delegado da PF

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A Operação Caronte, deflagrada nesta terça-feira (20) no combate à entrada irregular de estrangeiros no país, cumpriu 6 mandados de busca e apreensão, 5 prisões preventivas e 2 prisões em flagrantes por posse de armas de fogo e munições. Além disso, também foram confiscados R$ 14 mil e documentos irregulares de imigração. A Polícia Federal identificou a participação de duas empresas de turismo e um policial federal no esquema.

As investigações, de acordo com o delegado Cleo Mazzotti, começaram há cerca de um ano. A operação, coordenada pela PF de Corumbá, desmantelou um esquema que permitia de forma sazonal a entrada irregular de estrangeiros – maioria bolivianos – no Brasil. A ação contava com o apoio dos envolvidos e de empresas de turismo que vendiam as passagens.

Em coletiva de imprensa, Mazzoti relevou que o esquema iniciava com as empresas de turismo que agiam como despachantes. Um policial federal, um servidor administrativo e um contratavam vendiam os pacotes de viagem e inseria os dados dos estrangeiros de forma irregular no sistema de imigração brasileira.

O delegado explicou que o sistema funcionava de formas diferentes. A primeira, o estrangeiro apresentava a tarjeta e forjava a entrevista. Na segunda, os imigrantes nem passavam pelo controle e já recebiam as tarjetas com os dados inseridos no sistema. A maioria dos viajantes tinham São Paulo como destino.

A quadrilha, de acordo com a Polícia Federal, lucrava milhares de reais com o esquema fraudulento. Os estrangeiros chegavam a pagar entre R$ 200 e R$ 300 pelos documentos irregulares.

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