A chuva durante a madrugada desta terça-feira (4) ajudou a apagar alguns focos de incêndio no Museu Nacional. Ainda assim, chamas eram vistas por volta das 6h. Os bombeiros seguem de prontidão e devem retomar o trabalho de rescaldo ao longo da manhã.
A Polícia Civil e a Guarda Municipal determinaram um perímetro de segurança ao redor do Museu Nacional. O objetivo é preservar a os visitantes e as equipes técnicas que trabalham no local. Ainda existe a possibilidade de itens de valor estarem dentro do prédio atingido pelas chamas.
A Defesa Civil do Rio de Janeiro informou na segunda-feira (3) que o local está interditado. Técnicos do órgão identificaram que “existe um grande risco de desabamento, que pode ocorrer com a queda de trechos remanescentes de laje, parte do telhado que caiu e paredes divisórias do prédio”. Na área externa, no entanto, a avaliação destaca que “devido à espessura das fachadas, não há risco iminente”.
Mesmo assim, na parte externa “foram constatados problemas pontuais, como queda de revestimento, adornos e materiais decorativos (estátuas) fazendo com que a área de projeção das fachadas também permaneça isolada”.
O Museu Nacional foi destruído por em incêncio da noite de domingo (2). A vice-diretora da instituição, Cristiana Serejo, afirmou que cerca de 10% do acervo não foi destruído após chamas.
Serejo afirmou ainda que o detector de fumaça do museu não estava funcionando e que serão necessários, a princípio, R$ 15 milhões para a recuperação do museu.
“Houve o contingenciamento de um terço do valor de R$ 514 mil. Esse ano recebemos R$ 240 mil, o que é pouco”, afirmou Serejo, em frente ao Museu Nacional.
Segundo a vice-diretora, foram preservados:
- meteorito Bendegó
- parte da coleção de zoologia
- biblioteca central do museu, outros minerais e algumas cerâmicas
- herbário
- departamento de zoologia de vertebrados
Foram destruídos:
- tudo que estava no prédio principal, exceto meteoritos
- acervo mobiliário do 1º reinado
- peças herdadas da família imperial