Borrachinha, sobre luta com Romero ter três ou cinco rounds: “Não farei nem dois”

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Brasileiro elege Luke Rockhold como adversário mais difícil do peso-médio, mas pondera: "Único problema dele é o mental"

Uns vão chamar de marra e outros de confiança, mas o fato é que Paulo Borrachinha não demonstra qualquer tipo de preocupação para o confronto contra Yoel Romero, que aconteceria no UFC 230, 3 de novembro, e foi remarcado para 18 de janeiro. Nesta terça-feira, em “Media Day” com a imprensa brasileiro, o peso-médio fez pouco caso ao ser questionado se prefere que o duelo tenha três ou cinco rounds ao dizer que vencerá o cubano pela via rápida.

– Tanto faz ser três ou cinco rounds porque não farei nem dois com ele, e nem com ninguém. Ele vai querer agarrar e vou fazer minha estratégia contra esse jogo, que já estou mais que acostumado. Contra o (Johny) Hendricks foi a mesma coisa, manter a distância, golpes retos e longos para fazer ele sentir o peso. Acho muito fácil lutar com quem quer derrubar.

Você sabe que ele vai querer aproximar, só precisa manter a distância e golpear. Principalmente o Romero, que é menor. O Gastelum, para mim, é muito tranquilo. Contra caras da trocação é mais difícil, como foi com o (Uriah) Hall. Eles têm mais artimanhas e, quando tentam derrubar, realmente surpreendem porque você acha que eles vão lutar em cima. Vai ser bem similar (à luta contra o Hendricks). Não terá diferença de dificuldade – afirmou, comparando o duelo com Romero ao nocaute que impôs a Hendricks em novembro do ano passado.

Borrachinha ainda acusou Romero de usar a luta contra ele como forma de forçar o Ultimate a renovar seu contrato.

– Ele usou o contrato com a minha luta para forçar uma renovação de contrato. Renovou por oito lutas. Não vai aposentar nessa. Ele tem essa forma de trabalhar, utilizando os artifícios que pode, então com certeza está jogando com tudo isso para conseguir mais tempo com o UFC e ter um contrato melhor, como conseguiu. Sabemos da manha cubana, ele tem muito isso, até no jeito de lutar. Fica mais tempo no córner depois que acaba o tempo, faz tudo isso. Tenho confiança que a luta vai acontecer pelo que o UFC está fazendo, porque ele não queria,

Se Romero será uma luta de grau de dificuldade baixo na visão de Borrachinha, a questão é quem seria uma luta difícil na visão do brasileiro. Para ele, Luke Rockhold é o duelo mais duro, mas com ponderações.

– Acho que o mais difícil é o Rockhold. Ele gosta de lutar em pé, eu também, tem uma envergadura boa. Único problema dele é o mental, psicológico. Na hora do “vamos ver” ele não rende. Foi assim com Bisping, com o próprio Romero… Romero nocauteou ele, que era uma coisa que eu, quando anunciou a luta, não previa. Na hora do “vamos ver” ele escorrega. Mas se ele focasse, porque acho que não está focado, seria talvez um grande candidato ao título – apostou.

Se Romero renovou seu contrato antes do confronto com Borrachinha, o brasileiro fez o mesmo também não tem muito tempo. Ele contou que depois do triunfo contra Hendricks assinou um novo acordo com a companhia que, de acordo com ele, rende mais de US$ 100 mil por luta. De acordo com a bolsa divulgada pela Comissão Atlética de Nevada (NAC) em seu último compromisso, quando venceu Uriah Hall, ele embolsou US$ 160 mil. Entretanto, US$ 55 mil pela luta, mais US$ 55 mil de bônus pela vitória, além de US$ 50 mil pelo bônus de “Performance da Noite”.

– O UFC me chamou para renovar o contrato na minha segunda luta. Depois do UFC Rio, quando nocauteei. É uma coisa diferente. Eu tinha contrato de quatro lutas. Falei: “Então já viram valor diferente em mim”. Pedi um valor bem alto, eles disseram que estava bem acima do que costumavam pagar. Me fizeram a proposta de fazer uma luta para depois negociar, que foi a luta com o Hendricks. Falei: “Tudo bem, mas depois dela vou pedir mais”. Fizeram uma aposta comigo. Se eu perdesse, possivelmente ia cair até o que eles ofereceram. Ganhei, renegociei e renovamos o contrato. O valor passou da primeira pedida. Foi mais de US$ 100 mil. Pensava que seria rápido, mas talvez pelo momento da categoria, por mostrar muita superioridade nas lutas, foi mais rápido do que se eu fizesse uma previsão média lá no início – concluiu.

UFC
18 de janeiro, em local a ser definido
CARD DO EVENTO (até o momento):
Peso-médio: Yoel Romero x Paulo Borrachinha *
Peso-meio-médio: Stephen Thompson x Robbie Lawler *
Peso-mosca: Rachael Ostovich x Paige VanZant *

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